terça-feira, 13 de novembro de 2012

Os meus restaurantes (I)

A lista vai na coluna lateral. Mas o Blogspot só me deixa incluir restaurantes com páginas na net, o que não é o caso do meu restaurante mais próximo, mais de estimação, religiosamente almoço de sábado, à porta de casa, a Charrua, na Praceta do Comércio aqui em Alfragide.

Tudo coisa familiar. Pai e filhos, de inexcedível simpatia, servem à mesa, a mãe superintende na cozinha, onde avultam um ou dois cozinheiros africanos. Televisão a dar o futebol, toalhas e guardanapos de papel, mesas apertadas, mas já se sabe que é assim nestes restaurantes de vizinhança.

Mais importante é uma ótima ementa, de cozinha tradicional mas com pratos quase esquecidos em outros lados, coisas do meu tempo de criança, sempre a variar de acordo com as compras. Confeção impecável, de velha cozinheira matriarcal. Aceitação bem cumprida das exigências de gosto pessoal no tempero de cada prato. Muito aceitável jarro de vinho da casa, de Pegões. No fim, almoço de dois por cerca de 20 euros totais. Pode-se recomendar melhor?

Claro que não estou a sugerir que se desloquem quilómetros a vir à Charrua, em Alfragide. O que devem fazer é descobrir Charruas ao pé da vossa casa. Deve haver, aposto. Acima de tudo, premeiem a coisa essencial deste tipo de restaurantes: o gosto de bem comer, de bem servir o que se gosta de bem comer. Eu vejo um restaurante destes pelo aspeto de bom comedor do proprietário, da maneira como ele fala do que serve. Outra velha regra, quando se ia por estradas antigas, era ver onde havia mais camiões estacionados à hora de almoço.

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