terça-feira, 27 de junho de 2017

Volta ao mundo

Há muitos anos que se encontra regularmente, à mesa e não só, um grupo de amigos que se foi conhecendo no trabalho. Hoje, só uma ainda por lá anda e as contingências da vida reduziram-nos a três casais, com grande amizade. Ontem, o jantar habitual foi cá em casa e resolvi fazer uma brincadeira: uma volta ao mundo “às costas” de um único ingrediente, o polvo. Não foi exatamente uma volta ao mundo porque, para alguma harmonia entre frios e quentes, confecções suaves e fortes, tivemos de dar alguns saltos para trás e para a frente entre longitudes.
Aqui vai a lista. Cocktail/sopa mexicana de polvo “vuelve à la vida”; polvo frito à transmontana; polvo são-tomense guisado em óleo de palma, com batata doce assada; polvo com kimchi (couve fermentada com pasta de caranguejo) e pepino, à coreana; polvo guisado em vinho tinto, à moda da minha avó micaelense. A acompanhar tudo, tinto Lybra Syrah, Quinta do Monte doiro uma ótima relação preço/qualidade de um vinho de José Bento dos Santos.
No fim, foi-se a votos. Foi curioso notar a disparidade dos gostos de cada um, todos apreciadores da boa mesa. Mas, no cômputo geral, ficaram em 1º lugar, ex-aequo, os pratos são-tomense e coreano. A seguir, o micaelense (prejudicado por uma massa de malagueta comercial ainda não experimentada, muito salgada). Depois, uns bons pontos abaixo, o polvo frito de Trás-os-Montes e, finalmente, o “vuelve à la vida”. Para mim, uma grande injustiça, porque o acho uma excelente entrada. Talvez os meus amigos, com a variedade de pratos, já tivessem esquecido um pouco o inicial.
Quem quiser alguma receita que ma peça em comentário a esta nota, dando o endereço de mail.

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